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sábado, 25 de julho de 2015

Caminho Português de Santiago pela Geira ou Via Nova.

Coimbra, 25 de Julho de 2015, dia de Santiago.




Com partida prevista para as 04:50 H do próximo Domingo, os "meninos" da imagem acima já contam com 4,7Kg cada. Vai ser bem sofrida a subida do Gerês, que se perspectiva para o 2.º dia. No primeiro dia, do Porto percorremos parte do Caminho da Costa, até Esposende, invertendo depois Braga, onde contamos pernoitar,

Daqui seguiremos em direcção ao Gerês, pela Geira, até entroncarmos na Via da Prata, em Ourense.





domingo, 21 de junho de 2015

O meu Caminho de Santiago para 2015

Com o falecido Zapatones, em 2012. Final do Caminho Português Interior de Santiago.
Falta pouco mais que um mês para iniciar novamente o Caminho Português de Santiago. 

Este ano após a viagem de comboio entre Coimbra e Porto, a intenção é seguir pelo bicicleta pela via central, por São Pedro de Rates, e, em Barcelos, inflectir para Braga, onde será obrigatória a passagem por São Martinho de Tibães e pelo  cenóbio de São Frutuoso de Montélios .


De Braga, rumaremos para Amares, Sta. Cruz, onde, pela Geira Romana, seguiremos por Covide, Campos do Gerês, Portela do Homem, e, já na Galiza, Torneiro, Lobios, Celanova e Allariz. Nesta localidade apanharemos a Via da Prata, por onde pretendemos seguir para Compostela, reeditando parte do Caminho já percorrido em 2012.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Bicicletas, a moda que pegou de estaca.


Texto e Fotografia: António José Soares
Longe vão os tempos dos inícios dos anos noventa, ocasião em que comprei a "velinha Órbita de montanha", pela quantia de 42.000$00, correspondentes a 200 euros actuais, para dar umas "voltinhas" de fim-de-semana por Coimbra e região limítrofe.

Então, era raríssimo cruzar-me com outros ciclistas a quem saudar com o tradicional "bom dia". Na altura a moda parecia ter pegado e formou-ser um grupo heterogéneo, para "voltinhas domingueiras", que passaram a ser obrigação domingueira.

Contudo o grupo foi-se dissolvendo ao longo do tempo, por razões díspares. No entanto lá fui resistindo, mas vicissitudes várias forçaram a escassa utilização da bicicleta.

2007 foi um ano de viragem, passei a utilizar a bicicleta de forma mais regular, sobretudo nas deslocações para a minha actividade profissional, com novo fôlego, em parte motivado pela conclusão do Caminho Francês de Santiago,o qual percorri ao longo de onze jornadas, até concluir os seus 840 km, na Praça do Obradoiro.

Paulatinamente passei a engrossar o grupo dos "cicloactivistas" que, com a sua persistência, procuram captar e influenciar outros interessados a uma prática lúdica e desportiva, bem salutar. Apenas lamento a fraca utilização da bicicleta de 2010 a 2011, de que me ressenti mais tarde, facto de que me arrependo, sobretudo pelos dias em que não consegui vencer a preguiça.

Por Julho de 2012, então de férias na praia do Carvalhal, na Comporta,  comecei a intensificar uma prática que não precisa de argumentos para justificar a sua adopção. Então não me recordo de ter visto algum ciclista por aquelas paragens. No entanto, regressando ao mesmo local, dois anos mais tarde, para um curto período de férias, desta vez em Agosto, foi  com agrado que verifiquei o  aumento exponencial de utilizadores de bicicleta  a circular localmente no acesso às praias, outros de passagem, com alforges nas bicicletas, pedalando ora  para norte ora para sul,  indiciando voltas mais longas.


Antiga ponte ferroviária da linha do Dão, agora transformada em 50 km de via totalmente ciclável, sem dúvida um projecto de sucesso, com recurso a fundos comunitários.
Felizmente constata-se cada vez mais a existência de movimentos espontâneos sobretudo de ciclistas ou "cicloturistas" que procuram cativar, nomeadamente através  da demonstração de experiências positivas, no âmbito da mobilidade suave, demonstrando experiências cativantes, sobretudo dando a conhecer lugares fantásticos do cantinho lusitano, através de pequenos vídeos ou com recurso à fotografia.

Pontualmente vão surgindo também algumas infra-estruturas, com vias ou pistas apelativas à circulação de bicicleta, geralmente por iniciativa de uma ou outra autarquia.


Infelizmente, os casos são esporádicos e embora existindo um documento orientador estratégico, para a implementação de projectos de meios de transporte suave, amigos do ambiente, a efectivação dos mesmos tem sido escassa.


Ciclovia na Murtosa: nem sempre o recurso a tapetes betuminosos para construir ciclovias é a solução mais adequada, os "estradões" como ilustra a imagem é uma boa solução para percursos mais ecológicos.

Apenas com determinação, grande desígnio estratégico e séria vontade de fazer obra concertada envolvendo os governos nacional e regionais e autarquias, independentemente da cor política, assim como as empresas de transporte de passageiros, com dimensão nacional e regional, será possível atingir metas que todos desejaríamos.
Ponte da Cal ladeada de ponte metálica pedonal. A edificação de estruturas que facilitem a circulação pedonal e de bicicletas é sempre de enaltecer.

A CP poderia e devia ter uma acção mais pro-activa, bem como a Carris e os STCP, os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra, os Transportes Municipais de Braga, assim como demais serviços de outras cidades, facilitando e incrementando a circulação de bicicletas no material circulante, no caso das empresas de transportes e as autarquias com politicas efectivas e eficazes de incentivo à salutar utilização das duas rodas não motorizadas.

A prioridade às obras faraónicas de custos elevadíssimos e benefícios reduzidos para populações, tem sido o caminho seguido, as verbas despendidas em alguns dos viadutos da autoestrada 13, dariam para financiar folgadamente a conclusão do projecto Metro Mondego, obra começada e inacabada. Deixo aqui a sugestão para que se aproveita a obra feita em pista ciclável, como forma de minimizar prejuízos às populações de Miranda do Corvo, Lousã e Coimbra.   


Está também ao nosso alcance participar, apelando e dando sugestões, mobilizando mais interessados, para engrossar cada vez mais o grupo dos "cicloativistas". No entanto é importante assinalar que cabe sobretudo às organizações empresariais e territoriais corresponder à vontade, cada vez mais expressiva e generalizada de uma grande franja da população portuguesa.
Ponte Pedro e Inês, ligando o Parque Verde, implantado nas duas margens do Mondego, em Coimbra, epicentro de uma vasta zona ciclával.


Termino com um apelo, façamos de Setembro o mês europeu sem carros suplantando o dia ou a semana europeia sem carros.

Por fim, parafraseando o saudoso e excelente jornalista Vítor Santos, se bem que a propósito de um outro tema, atrevo-me a dizer que finalmente a "bicicleta pegou de estaca". Não se trata apenas de uma moda passageira, antes de um modo de vida ou melhor, de uma forma de estar na vida.


Mobilidade em destaque:


Torres Vedras

O município disponibiliza um sistema de aluguer de bicicletas públicas - "Agostinhas". O cognome  consiste numa homenagem ao ilustre ciclista  Joaquim Agostinho. As "Agostinhas", estão distribuídas por 11 Estações de Bicicletas Públicas,  pela Cidade de Torres Vedras, junto às escolas, áreas comerciais e serviços públicos. São disponibilizadas bicicletas standard a pedal e eléctricas. Também são disponibilizadas bicicletas com cadeiras para crianças e cestos de transporte de pequenos objectos.



San Sebastian


Merecê de excelente aproveitamento de verbas comunitárias, ao abrigo do Programa Civitas, tem uma rede de ciclovias urbanas invejável, exemplo a seguir em toda a Europa.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Circulação de bicicletas nos comboios

Há um tempo atrás efectuei uma reclamação/sugestão para a CP, sobre as Condições Gerais de Transporte / Legislação, relativa ao transporte de bicicleta nos comboios da CP, que transcrevo:

"O transporte de bicicletas nos comboios da CP é claramente insuficiente porque não abrange linhas como as do Douro, Minho e é restritivo em vários aspectos, nomeadamente o transporte entre grandes distâncias (ex: sou de Coimbra e tenho um amigo em Faro que me convida para os passeios de BTT interessantes, não o posso fazer se quiser ir de comboio). Há ainda a triste realidade de os peregrinos a Compostela não poderem regressar de Comboio a Portugal se acompanhados de bicicleta. Não seria bom a CP fazer algo mais? As vantagens daí decorrentes são por demais conhecidas, os serviços prestados quer no âmbito do turismo quer de forma mais alargada são de retorno num curto prazo. Atentamente António José Soares"

Finalmente veio a resposta, que passo igualmente a transcrever:


"Exmo. Senhor António Carvalho,
Agradecendo a exposição que nos foi enviada, esclarecemos que no âmbito das boas práticas de serviço ao cliente, entendeu a CP considerar o transporte gratuito de bicicletas nos seus comboios, não sem antes acautelar eventuais constrangimentos que pudessem surgir, uma vez que o transporte de velocípedes está limitado ao espaço disponível. Dada a diversidade de material circulante, foi necessário elaborar regulamentação específica para cada Serviço, nomeadamente para o Serviço Regional/ Inter-regional, salvaguardando os interesses dos clientes regulares, nos trajetos em que o material circulante apresenta algumas limitações em termos de disponibilidade de espaço.

Nos comboios Regionais/Inter-regional, para poder transportar a sua bicicleta deve dirigir-se ao Operador de Revisão a quem competirá sempre emitir o seu título de transporte (do cliente) e aferir da disponibilidade de transporte do respetivo velocípede uma vez que o mesmo está sujeito a limitações do espaço disponível e da tipologia do material circulante que é utilizado.

Para além da possibilidade, já hoje existente, de transporte gratuito de bicicletas nos serviços Inter-regionais, Regionais e Urbanos, informamos que a CP está a implementar modificações nas carruagens Intercidades e em alguns espaços dos comboios Alfa Pendular, bem como também nalguns Inter-Regionais/ Regionais para possibilitar o transporte de bicicletas. De referir que estas intervenções ocorrem em material circulante cuja concepção não previa o transporte de bicicletas, o que implica que as soluções encontradas não sejam de fácil implementação e impliquem decisões de investimento num contexto pouco favorável. Contudo, e porque a CP acredita que o comboio e a bicicleta se complementam, é nosso objetivo estratégico que o seu transporte venha a ser uma realidade em todos os comboios no mais curto espaço de tempo possível, sem por em causa o transporte de passageiros nas devidas condições de conforto e segurança.

Devido às características do material circulante que efetua o serviço Regional/ Inter-regional nas linhas do Minho e Douro, e não existindo de modo algum condições para o transporte de bicicletas, não é autorizado o seu transporte sendo que o mesmo só se destina ao transporte de passageiros.

Nos comboios existem restrições temporárias ao transporte de bicicletas, pode consultar estas restrições na hiperligação, bem o que esta regulamentado a nível do transporte de bicicleta:"


Não fiquei contente com a resposta relativamente à circulação de comboios nas linhas do Douro e Minho,.Em breve voltarei à carga procurando contra argumentar.