Sábado, 4 de Agosto. Verin - Xunqueira de Ambia.
Logo após as 07:30, o
Quim e o Aguiar subiram ao Castelo de Monterrei, como me atrasei, já não subi e dirigi-me para a cafeteria, junto a uma gasolineira à saída de Verin, em direcção a Xinxo de Lima, onde tomaríamos o pequeno
almoço .
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Ao cimo o Castelo de Monterrei - Verin |
Depois de conferenciarmos a nossa opção foi seguir em diracção oposta, por Laza, percurso mais interessante pela beleza natural que se desfruta ao ao longo do Tâmega e da vertente montanhosa neste troço do Caminho. Nos primeiros quilómetros subimos Monterrei, sem contudo passar pelo castelo e seguimos em direcção a Mixós e à sua sua igreja. Nela se destaca o portal sul, já que o portal ocidental está praticamente encoberto por uma enorme parede.
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Igreja de Mixós |
Prosseguindo por Vences e Arcucelos, nesta localidade clama a atenção o casario rústico, com o pormenor do milho a secar nas varandas. Continuámos a serpentear pelas margens do Tâmega.
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Arcucelos, casario |
Na Galiza, é frequente encontrar os cemitérios à volta das igrejas. Trata-se sem dúvida de uma questão cultural, religiosa, mas não é por este facto que a igreja de Arcucelos, na imagem, perde a sua grandeza.
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Arcucelos, igreja |
Continuámos a pedalar, para fazer uma pequena paragem em Retorta, num espaço de lazer junto ao Tâmega, onde reencontámos um casal de peregrinos de Madrid, que conhecêramos na véspera, daqui a Matamá o Caminho corre paralelo ao rio.
Após Laza uma forte subida leva-nos à localidade de Albergueria, almoçámos no Rincon del Peregrino, espaço de paragem obrigatória, decorado interiormente com vieiras assinaladas com os nomes dos peregrinos que aqui quiseram deixar a sua passagem assinalada.
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O almoço no Rincon del Peregrino |
Carinhosamente mantido por um simpático casal conversador e de excelente acolhimento, a ambiência propicia um sentimento especial do espírito do caminho.
O nosso anfitrião, para lá da afabilidade, surpreendeu-nos agradavelmente com o elevado conhecimento da cultura portuguesa.
O almoço seguiu a linha dos anteriores piqueniques, refeição leve e nutritiva, com a indispensável presença da fruta.
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O Camino |
Caracterizado pela beleza dos bosques e pela deslumbrante paisagem que se estende pelo vale, aproveitamos uma aliciante descida, serpenteando o bosque até à planície.
Por entre campos agrícolas chegaríamos a Xunqueira, num dia cinzento, e alguns aguaceiros. Em Xunqueira o albergue já se encontrava lotado, fomos obrigados a procurar uma alternativa e recorrer a uma residencial, um pouco mais cara, 15€ para cada um, três vezes mais que as habituais contribuições de 5€, mas com outras comodidades, que nesta altura do Caminho já merecíamos.
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Milheiro na Galiza |
O jantar é sempre aproveitado para estabelecer alguns momentos de convívio, a simpática proprietária da tasquinha, atendeu-nos com uma simpatia formidável, preparando, a pedido e para entrada uma massa de atum.
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Jantar em Xunqueira |
O ambiente estava bom, fomos falando com alguns amigos galegos, são ocasiões para troca de impressões agradáveis, muitas vezes laços de amizade se estabelecem, embora efémeros, é uma das facetas de que se reveste o espírito do Caminho, para além de outras que nos fazem sempre desejar, para o ano há mais.
Encontrar o albergue já lotado obrigou-nos a desfrutar de condições mais cómodas, aproveitadas para uma excelente noite de sono.
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