O uso da vieira pelo peregrino é explicado por uma lenda
inserida na obra “Vidas e paixões dos apóstolos”, Lisboa, 1505. Diz a referida
lenda que, quando o barco que
transportava o corpo do apóstolo passava ao lado de Portucale, tinha lugar em
Bouças, designação anterior do concelho de Matosinhos, os festejos de noivado
de um rico senhor da Maia com uma jovem nobre de Gaia.
Foi então que o cavalo ficou bravo e meteu-se pelo mar
dentro, onde se iria afogar, junto com o seu cavaleiro, mas foi de encontro ao
barco que transportava o cadáver de São Tiago e, por milagre, emergiu com a
roupa e o cabelo inçados de vieiras, que assim significavam o milagre do seu
salvamento e o seu agente salvador.
E foi assim que a concha da vieira passou a significar a
protecção de São Tiago