As linhas do Douro e Minho têm um potencial a desenvolver que a CP se "recusa" a encarar com visão estratégica responsável.
Relativamente à circulação de passageiros, acompanhados de bicicletas,
nas já citadas linhas do Minho e Douro, a CP tem a dizer o seguinte:
-“Devido às características do material circulante que efetua
o serviço Regional/ Inter-regional nas linhas do Minho e Douro, e não existindo
de modo algum condições para o transporte de bicicletas, não é autorizado o seu
transporte sendo que o mesmo só se destina ao transporte de passageiros.”
Na sequência da reclamação por mim efectuada e que já dei conta neste espaço, passo a contra argumentar:
-As linhas do Minho e do Douro podem transportar-nos a
destinos de enorme interesse para a prática do cicloturismo que, felizmente,
começam a ser muitos no Norte do País.
O investimento, com dinheiros públicos, que tem sido
efectuado, e bem, na criação de ciclovias, nomeadamente através do
aproveitamento das antigas linhas de caminho de ferro merecia da parte da CP
outra atenção e operacionalidade, tendo em vista o usufruto que a oferta turística
proporciona.
As antigas linhas do Corgo, Tâmega e a ciclovia entre Viana do Minho e Ponte de
Lima, são alguns locais a que se podia aceder utilizando as composições da CP e
que no presente não é possível.
O regresso desde Vigo para quem peregrina a Compostela de
bicicleta é igualmente inexequível.
Não seria adequado a CP criar oferta estratégica
diversificada no âmbito da promoção turística nacional, divulgando locais de
interesse e produtos turísticos regionais com interesse nacional e internacional?
Com certeza que sim, porventura em colaboração com as Regiões de Turismo e a
pensar num determinado público-alvo, através de acções promocionais.
A utilização do comboio como transporte ideal para aceder a
locais de inegável interesse turístico, será, por certo, boa política.
2 comentários:
Como é que regressou de Santiago para Portugal?
Bom dia, de Santiago viajamos de comboio até Vigo, onde pernoitámos.
No dia seguinte pedalámos pela costa de Vigo até A Guarda, passando por Baiona, sempre junto ao mar. Daqui apanhámos o ferry para Caminha. Felizmente que o motorista da rede de expressos da Transdev autorizou que viajássemos com as bicicletas, depois de desmontadas e embaladas em cartão. Uma loucura de fim de Caminho. Mas tudo correu bem, atá saiu mais barato e confortável que no comboio, embora continue a preferir viajar no dito.
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